terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Textos sobre Michael Jackson após a morte do astro


Quando uma notícia como a morte de Michael Jackson chega, a gente nunca está muito preparada para ela, porque, para os mortais, os deuses da música nunca morrem. Portanto, Jacko não morreu. Ele apenas acabou de seguir para o Olimpo e agora viverá para sempre como uma lenda, como um Elvis negro, que jamais será esquecido.

E numa escala maior do que Elvis, Jackson influenciou muito mais gerações e estilos musicais e comportamentais ao redor do planeta. Porque ele não era apenas um. Ele foi muitos. Foi o garotinho simpático e bom de voz e dança que nos encantou no Jackson 5, foi o jovem exuberante da fase “Off the wall” (e a forma para nomes atuais como Justin Timberlake), o cara maduro que se tornou o campeão de vendas de todos os tempos com o álbum “Thriller”, e, infelizmente, foi também o freak que acabou com a própria carreira em busca da juventude eterna. Dessa forma, atingiu muito mais o imaginário das pessoas.

Pena que a imagem que ficou dele para as novas gerações foi a de um ser bizarro, metido em escândalos. E ninguém sofreu tantas transformação aos olhos do público do que Jackson (bom, Madonna já começou o seu processo).

Mas, esqueçamos as imagens e fiquemos só com o som (bom, com um pouco de imagens em flashback, vá lá). Seu gritinho na virada de “Don’t stop’til you get enough” é tão marcante quanto os gemidos de James Brown. Seus passos e a sua marca registrada, o moonwalking, para sempre serão imitados por legiões de clones (que agora duplicarão); e, no fim, apagaremos as imagens ruins, e para sempre lembraremos de suas melhores canções, de suas grandes performances.

Ele foi, de certa forma, incompreendido, e os problemas de seu passado – e a falta de infância e adolescência – cobraram um preço alto. Mas foi isso, de certa forma, que ajudou a moldar em que ele se transformou, para o bem e para o mal. Mas agora, ele está livre disso tudo. Para sempre.