sexta-feira, 24 de outubro de 2008

mas um amor perdido

esse ano pra mim ,foi bom e ruim conquistei coisas que eu queria conquistar mas como sempre em assuntos do coração nada ainda continuo na procura ,eu tava gostando de um garoto de 16 anos chamado luiz carlos mas foi de novo um amor não correspondindo por que ele e hetero e não curte gays ,sofri muito chorei varias noites e nada consegui mas um amor perdido sera que um ida vou conseguir encontrar alguem que me ame de verdade ,alguem que queira viver um vid ao meu lado o meu deus sera quando?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Hoje verto uma lágrima, uma lágrima de alegria!
Os anos estão a passar num ápice, ainda parece que foi ontem, eu com 21 anos, um pouco a medo procurei nesta nossa sociedade, pessoas que pensassem e agissem como eu, que no seu intimo sentissem o mesmo que eu sinto…sou homossexual!
Na altura, os medos, os fantasmas eram enormes, que vergonha, escondia-me de tudo e de todos para que não descobrissem que eu era diferente! Aos poucos fui vivendo essa minha realidade, partilhando o segredo com os meus melhores amigos, os mesmos que não me viraram as costas e sempre estiveram do meu lado e me aconselharam sempre! Foi muito difícil, mas decidi que em algum local teria que me sentir bem e contei a todos eles, para que pudesse desabafar, falar dos meus medos, das minhas paixões, das minhas lágrimas! Eles aceitaram-me do mesmo modo como até então, não discriminaram, continuaram ali do meu lado, como se nada tivesse mudado e na verdade, nada mudou…
Ser homossexual não é doença!
Tentei sempre ao longo desta minha caminhada, até aos dias de hoje esconder de toda a minha família e principalmente no meu local de trabalho! Mas…não consegui!
Aos poucos, três das quatro mulheres que eu mais amo neste mundo, descobriram que eu, o irmão era diferente do que elas queriam e pensavam! A mana mais velha, julgo ter entendido bem, se aceitou, não sei, (acho que sim, Madalena!), a mana mais nova tentou esconder as lágrimas, tentou esconder de mim que já sabia de tudo, mas sou mais esperto do que ela e acabei por entender que tinha de conversar com ela afim de lhe tirar todas as dúvidas! Hoje diz que me entende e se calhar é com ela que mais falo sobre o assunto. A mana do meio, descobriu esta semana, confesso que também não fiz por o esconder, por vezes quanto mais se esconde pior é… Conversamos e admirei-me pela reacção que teve! Afinal, as minhas manas são muito à frente! Julgo estar perto de atingir o que eu mais queria, deixar de omitir o que sinto!
Para quê enganar a família? Para quê fazê-los pensar que vou casar e ter filhos? (Se calhar até vou, mas isso fica para a última lágrima vertida aqui!) Sinto que a pessoa a quem me falta revelar o que se passa, é a matriarca da família! A minha mãe, a mãe coragem! Coragem…coragem é o que me falta…
Espero que ela descubra da mesma forma, aos poucos!
No meu local de trabalho, digamos que o assunto foi bem diferente…
Guerras do passado, quezílias entre amigos, culminaram no inesperado! Directa e indirectamente conseguiram humilhar-me frente aos meus colegas de trabalho, com ameaças e afins, usando terceiros e não só, dando a entender aquilo que eu sempre quis esconder! A bomba estoirou… Perante as evidências, perante o estatuto que atingi na empresa vi-me obrigado a assumir quando confrontado com as provas apresentadas! Para quê mentir? Já o sabiam…
Hoje, alguns meses depois apenas tenho a agradecer, consegui o que eu mais queria, o respeito de tudo e de todos dentro daquela loja! Há males que vem por bem…
Não tenho vergonha de ser como sou, sinto sim um grande orgulho!
Para quê esconder o que de mais bonito podemos ter…o amor pelo próximo, independentemente de ser homem ou mulher!
Estou bem assim e acredito que um dia serei verdadeiramente feliz ao cruzar-me com a pessoa que pense e aja como eu!

domingo, 6 de julho de 2008

pensamentos

Não houvesse homem totalmente masculino
Não houvesse mulher totalmente feminina
De ora em diante:
Há homens que buscam na mulher sua parte feminina
Há mulheres que buscam no homem sua parte masculina
Há homens que buscam seu masculino na mulher
Há mulheres que buscam seu feminino no homem
Há homens que buscam seu masculino no homem
Há mulheres que buscam seu feminino na mulher
Há homens que buscam seu feminino no homem
Há mulheres que buscam seu masculino na mulher
Há homens que buscam no homem e na mulher seu masculino e feminino
Há mulheres que buscam no homem e na mulher seu masculino e feminino
Há homens que não buscam nem o homem nem a mulher
Há mulheres que não buscam nem o homem nem a mulher
Há homens que buscam a si mesmos tão-somente
Há homens que não buscam
Há mulheres que não buscam
Há os mortos e as mortas!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Quando sentires vontade de chorar, chame-me,
que eu venho chorar contigo.
Quando sentires vontade de sorrir, avise-me, para sorrirmos juntos.
Quando sentires vontade de amar, chame-me,
que eu venho te amar.
Quando sentires que tudo está acabado, chame-me,
que eu venho te ajudar a reconstruir.
Quando achares que o mundo está grande para tua tristeza, chame-me,
que eu faço ele pequeno para tua felicidade.
Quando precisares de companhia naqueles dias nublados,
ou dias lindos e ensolarados,
avise-me, que eu vendo te fazer companhia.
Quando estiveres precisando ouvir alguém dizer "EU AMO VOCÊ...",
avise-me, que eu venho te dizer a qualquer hora.
E quando não precisares mais de mim, diga-me,
pois o amor que tenho por ti é tão imenso, que mesmo assim, simplesmente ir-me-ei embora, para que sejas feliz.

Amo-te.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Engana-se quem pensa que a união entre pessoas do mesmo sexo teve início há pouco tempo, o relacionamento homossexual existe desde a Antigüidade, mas não era conhecido por esse termo. O preconceito era praticamente nulo quando se tratava desse tipo de relacionamento, foi criado até um conjunto de leis dando privilégios a prostitutos e prostitutas que participavam dos cultos religiosos, o documento foi outorgado pelo imperador Hammurabi na antiga Mesopotâmia, em cerca de 1750 a.C. Essas leis declaravam ambos sagrados e que poderiam ter relações com os homens devotos dentro dos templos da Mesopotâmia, Sicília, Índia, Egito e Fenícia, entre outros.
Herdeiras do conjunto de leis de Hammurabi, as leis hititas reconheceram uniões entre pessoas do mesmo sexo. Nas cidades antigas como Grécia e Roma, era normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais novo. Segundo o filósofo grego Sócrates, as relações anais eram a melhor forma de inspiração e, o sexo heterossexual, servia apenas para a procriação do homem. Em Atenas, para a educação dos jovens, esperava-se que os adolescentes aceitassem o relacionamento com homens mais velhos, para que pudessem absorver suas virtudes e conhecimentos filosóficos. O jovem ao completar 12 anos, e estando ele e a família de acordo, transformava-se em um parceiro passivo até por volta dos 18 anos. Normalmente, o garoto só tornava-se homem perante a sociedade aos 25 anos, assumindo então um papel ativo em seus relacionamentos.
Os romanos mantinham os ideais amorosos equivalentes aos dos gregos. O relacionamento entre um homem mais velho e outro mais novo era entendido como um sentimento de pureza. Já os relacionamentos sexuais entre homens mais velhos, não eram vistos com bons olhos, sendo desprezados pela sociedade e impedidos até mesmo de exercer cargos públicos. Todo esse entendimento sobre o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo vem das crenças dessas sociedades antigas. Dentro da mitologia grega, romana, por exemplo, existia a homossexualidade. Tanto que muitos deuses antigos não tinham sexo definido. Até então, o sexo não era visto com o objetivo exclusivo de procriação, mas sim de sentimentos. Esse conceito só começou a mudar com a chegada do cristianismo, nesse contexto o imperador romano Constantino converteu-se à fé cristã, tornando a religião obrigatória em seu império. O sexo heterossexual a partir de então ampliou seu conceito de procriação e a homossexualidade tornou-se algo anormal.
Em 533, o imperador cristão Justiniano criou o primeiro texto de lei proibindo sem reservas a homossexualidade. Tendo relacionado todos os vínculos homossexuais ao adultério (crime que tinha a pena de morte como punição). Posteriormente à criação dessa lei, outras foram surgindo, gerando mais restrições e punições aos homossexuais, estabelecendo punições cada vez mais severas. Por mais proibições que tivesse, os costumes permaneciam os mesmo, até meados do século 14.
A Igreja Católica viu-se diante de uma série de crises, assistindo o surgimento do protestantismo com a Reforma de Lutero. Diante do humanismo renascentista, os valores antigos de relacionamento entre pessoas de mesmo sexo voltaram à tona. Artistas dos diversos segmentos contemplavam o amor entre homens. Na tentativa de erradicar o relacionamento entre iguais, foram criadas diversas leis, com punições cada vez mais severas. Daí a ciência se juntou à religião para estabelecer uma causa para a homossexualidade. Tanto que foi criado um tratamento destinado exclusivamente aos casos de homossexualidade e aos de ninfomania feminina: a lobotomia. Técnica desenvolvida pelo neurocirurgião português António Egas Moniz (ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 1949), que consistia em uma intervenção cirúrgica, cortando um pedaço do cérebro dos “doentes psiquiátricos”, corte feito nos nervos do córtex pré-frontal, diversas pessoas foram submetidas à lobotomia. Esse tratamento era empregado porque a homossexualidade começava a ser vista como uma doença, como se fosse uma anomalia genética. A preocupação do meio científico com a homossexualidade teve início no século 19, a expressão “homossexualidade” foi criada em 1848, pelo psicólogo alemão Karoly Maria Benkert. Para ele o distúrbio não era apenas psicológico, a natureza teria dotado à nascença certos indivíduos masculinos e femininos com o impulso sexual. Criando uma aversão direta ao sexo oposto. Nos anos de 1897, foi publicado o primeiro livro relacionado à homossexualidade, tendo como autor o inglês Havelock Ellis. Assim como as demais pessoas da época, defendia que a pessoa que mantinha relações com pessoas de mesmo sexo portavam uma doença congênita e hereditária, além de ser associada a problemas familiares. Somente em 1979, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade da lista oficial de doenças mentais. Na década de 80 e 90 os países desenvolvidos proibiram a discriminação contra gays e lésbicas. Constatamos que a luta dos homossexuais pelo direito à liberdade de se relacionar com pessoas de mesmo sexo, foi sempre muito grande. Muitas batalhas foram vencidas, ainda existem muitas a serem confrontadas. Todos nós somos livres para viver da forma que quisermos, de estabelecermos os mais diversos tipos de relacionamentos, às pessoas, que são contra o relacionamento gay, resta apenas respeitar, pois todo ser humano deve ser respeitado. Como o famoso dito popular diz: “Seus direitos começam quando terminam os meus”. Discriminação é crime, se quisermos uma sociedade justa devemos primeiramente rever nossa forma de conviver com o restante do mundo.
Por Eliene PercíliaEquipe Brasil Escola

terça-feira, 17 de junho de 2008

preconceito

Certa vez eu estava com meu ex em casa, e tinha esse amigo meu que é bem afeminado. Estávamos em vias de comer alguma coisa, e então a minha irmã me levou pra um canto e disse que não ia sentar na mesa pra comer com “aquele guri“. Pra mim foi um choque, ele acabou indo embora em seguida, sem saber, e eu chorei bastante, porque de alguma maneira também me senti atingido.
Acho engraçado que a sociedade em geral releva ou se dispõe a relevar homossexuais masculinizados e que mantenham discrição sobre suas atividades amorosas e/ou sexuais. Os próprios gays, em grande parte, tendem a não aceitar estas diferenças. Em geral ouve-se muita crítica no sentido: “Eu sou homem que gosta de homem”, “Se eu quiser uma mulher, eu fico com uma”, quando se refere aos afeminados.
Preconceito?
Preconceito, ou melhor, “Pré-Conceito”, é uma conceito pré-estabelecido na sua mente sobre qualquer coisa. No sentido mais generalizado, o preconceito é colocado como algo que você tem contra outra pessoa… No entanto, não é apenas isso. De fato, nossa mente se constói através de associações e de informações prontas que recebemos dos nossos orientadores e formadores (família).
Todos temos muitos pré-conceitos. É com eles que nos guiamos em nosso dia-a-dia… O ruim é quando a gente passa a não dar chance para que o outro seja diferente ou, que se possa reavaliar uma situação e encará-la diferente. Quando antipatizamos com alguém, por exemplo, e já criamos um preconceito de que aquela pessoa é “má”. Baseados nisso, por vezes não enxergamos a verdade como ela é.
É difícil parar e recomeçar todo dia, todo minuto. Passar a enxergar o mundo sem preconceitos e sem julgamentos… Classifica-se como errado e péssimo o que foge da idéia discutível do normal - ou do mais propagado para ser o melhor.
Discriminação
É no sentido de discriminação que o termo preconceito tem sido mais utilizado. Discriminar é encontrar diferenças, distingüir, separar. Quando uma pessoa tem preconceito contra gays por exemplo, diversas vezes cria uma idéia generalizada de que todos eles são de determinada maneira. Ou então, às vezes não existe nem mesmo um motivo lógico e justificável.
No caso da cor da pele, muitos consideram o negro como inferior. Outros, dentro da comunidade negra, consideram todo “branco” como sendo preconceituoso (outro preconceito).
Há aqueles que discriminam pessoas de outra religião, pessoas de outras crenças, pessoas sem crença, pessoas “feias”, gordas, magras… E o que está muito por detrás de tudo isso é incapacidade de respeitar a diferença. O homem quer ser o “mandão”, e achar que o que ele acha é o melhor, e é o bom, e quanto mais ensinar e passar sua idéia torta pros outros, tão melhor!
Mas principalmente, ele quer ser aceito.

podem me chamar de gay

Pode me chamar de gay, não está me ofendendo. Pode me chamar de gay, é um elogio. Pode me chamar de gay, apesar de ser heterossexual, não me importo de ser confundido. Ser gay me favorece, me amplia, me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Pode me chamar de gay, não me sinto desaforado, não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido. Pode me chamar de gay, está dizendo que sou inteligente. Está dizendo que converso com ênfase. Está dizendo que sou sensível. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me preocupo com os detalhes. Está dizendo que dou água para as samambaias. Está dizendo que me preocupo com a vaidade. Está dizendo que me preocupo com a verdade. Pode me chamar de gay. Está dizendo que guardo segredo. Está dizendo que me importo com as palavras que não foram ditas. Está dizendo que tenho senso de humor. Está dizendo que sou carente pelo futuro. Está dizendo que sei escolher as roupas. Pode me chamar de gay. Está dizendo que cuido do corpo, afino as cordas dos traços. Está dizendo que falo sobre sexo sem vergonha. Está dizendo que danço levantando os braços. Pode me chamar de gay. Está dizendo que choro sem o consolo dos lenços. Está dizendo que meus pesadelos passaram na infância. Está dizendo que dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou aberto e me livrei dos preconceitos. Está dizendo que posso andar de mãos dadas com os anéis. Está dizendo que assisto a um filme para me organizar no escuro. Pode me chamar de gay. Está dizendo que reinventei minha sexualidade, reinventei meus princípios, reinventei meu rosto de noite. Pode me chamar de gay. Está dizendo que não morri no ventre, na cor da íris, no castanho dos cílios. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou o melhor amigo da mulher, que aceno ao máximo no aeroporto, que chamo o táxi com grito. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento. Está dizendo que não tolero a omissão, a inveja, o rancor. Pode me chamar de gay. Está dizendo que vou esperar sua primeira garfada antes de comer. Está dizendo que não palito os dentes. Está dizendo que desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou generoso com as perdas, que não economizo elogios, que coleciono sapatos. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou educado, que sou espontâneo, que estou vivo para não me reprimir na hora de escrever. Pode me chamar de gay. Que seja bem alto.

ser sosinho

Hoje pela manhã estava lendo o blog de algumas pessoas. Embora tenha encontrado textos bem interessantes, o que mais me marcou foi minha visita ao endereço de uma ex-aluna, que praticava SwáSthya comigo no Colégio Energia. Seu texto tratava de suas angústias cotidianas atuais, mas o que realmente fixou minha atenção foi uma frase, logo no início, que reproduzo aqui:
“(...) eu sei que todo mundo vai comentar ‘eu sei como é, eu já passei por isso, as reclamações são sempre as mesmas, você vai sobreviver’ (...)”Imediatamente fui remetido a coisas que pensei por muito tempo... em especial uma que encontrei, posteriormente, na faculdade de Psicologia. O ponto de vista é de que ninguém nunca vai saber exatamente como é ser você. Simples, não? Sinta o peso, a profundidade, a amplitude de uma afirmação como essa. Dentre todas as individualidades que passaram pela face de nosso planeta, considerando todas as personalidades assumidas por essas criaturas, mesmo assim ninguém nunca vai sentir as coisas como você sente. Tampouco outra pessoa sentirá os sabores, verá as cores, perceberá os olores ou pensará como você. Todas as vezes que pensava nisso, quando mais jovem, sentia uma mescla de satisfação e angústia. O orgulho incontido da individualidade, da certeza de ser alguém inimitável em minha essência. Ao mesmo tempo a angústia de saber que, apesar de qualquer esforço, encenação, discurso ou coisa que fizesse, nunca seria completamente compreendido. Por mais que me desdobre em palavras e exemplos, as pessoas ao redor não me entenderiam, pensava eu. Nunca parei para contar, mas lembro de passar um bom tempo da minha adolescência, que ainda estava iniciando, ocupando meu tempo com um impasse existencial como esse. No fim das contas, é uma daquelas coisas que sempre serão assim... independente do que façamos. Eis o que torna tão importante nossa atitude em relação ao mundo ao nosso redor. E agora? O que você prefere fazer? Sentar cabisbaixo e lamentar os infortúnios como uma vítima de sua própria vida? Erguer a cabeça e continuar caminhando, traçando com orgulho cada dia da sua existência? Basta escolher.Quando nos permitimos perceber as coisas parece que tudo fica mais fácil. Ainda que não vejamos as coisas como realmente são, mas sim a partir de nosso ponto de vista, dar-se conta faz a consciência expandir. Acredito que nada foi tão libertador, para mim, quanto aceitar os fatos imutáveis e dedicar minha vida ao que posso realmente fazer mudar. Passou a ser mais prazeroso ainda perceber que eu posso cultivar isso não como um fardo, como uma maldição dos deuses, mas como uma característica que preserva minha individualidade, minha maneira única de ser no mundo. Vejo como algo diferente disto a solidão. Embora, de modo profundo e em última análise, sua individualidade não interaja com a dos outros, nada lhe impede de socializar-se. O isolamento do seu Eu ou qualquer outro nome que queira dar não tem relação direta com afastar-se da convivência de outras pessoas. Aqui estou eu, então. Rodeado de pessoas, mas ainda assim sendo sozinho. E, com a certeza de ser sozinho, sem sentir solidão. Podendo optar em sentir-me feliz sozinho em minha casa lendo um bom livro ou igualmente feliz rodeado de pessoas maravilhosas.

sábado, 7 de junho de 2008

Muitas vezes fico questionando os motivos da minha homossexualidade, da felicidade que talvez eu teria se não fosse homossexual. É foda não fazer certas coisas que os heteros fazem na maior naturalidade. Pelo menos para mim, é difícil encontrar alguém pra beijar que não seja na boate gay. Nós não podemos dar demonstrações públicas de carinho, mesmo tendo toda a vontade do mundo de fazer isso. Temos que esconder pras pessoas que estamos namorando uma pessoa do mesmo sexo que o nosso. Não podemos falar abertamente no telefone com nosso namorado com pessoas do lado. Enfim, passamos por inúmeras dificuldades por sermos gays. Tem uma coisa que o insuportável do Clodovil fala e que eu acho bem válido. Ele diz: "Quando eu morrer e for me encontrar com Deus, vou perguntar porque ele me fez assim". E é justamente essa a minha dúvida. Por que me fizeram gay? Para sofrer preconceito? Para ter que me esconder sempre? Para ter que viver um problema de família? Eu sei que Deus não nos dá nada que não possamos aguentar, mas ser gay leva fumo de todos os lados. Bom, mas agora que somos, vamos viver né? rsrssrsHoje eu estava lembrando de como é namorar. Ultimamente tenho me sentido muito sozinho, extremamente carente, precisando de um colo mesmo. Eu sou louco por beijo, até mais do que sexo. E isso é uma coisa que sinto muuuuita falta. Se eu fosse hetero, beijar seria a coisa mais fácil do mundo, já que tem meninas dando mole em todos cantos e podemos beijar onde quiser. Mas sendo gay não é tão fácil. Quando namorava, tinha a certeza de um beijo, de um corpo colado ao meu, de um carinho gostoso, de um perfume diferente. E isso me dá uma tristeza só de lembrar que eu não tenho mais. Ir na boate é bom, pois beijo horrores (muitas vezes não tem muita qualidade né), mas geralmente saio de lá sem ninguém. Muita gente no mundo gay só quer putaria, e esse é mais um ponto negativo em ser assim. É difícil encontrar uma pessoa que queira namorar sério. Eu preciso disso, mesmo sabendo dos lados negativos de um relacionamento (controle, se a pessoa for possessiva, às vezes não sair pros lugares pra ficar namorando, etc.). Alguém que seja do Rio se habilita aí? rs